O IAC na Rede Nacional de Iniciativas e Escolas de Segunda Oportunidade

O trabalho em rede reveste-se da maior importância em qualquer área do social, mais, ainda, quando o direito à educação está em causa. De facto, o abandono escolar precoce é um fenómeno complexo, dinâmico e multifacetado para o qual não se encontra uma causa única. Antes pelo contrário, resulta da combinação de fatores económicos, educativos e familiares que, muitas vezes, estão associados a desvantagens sócio económicas.   

A este nível, as Escolas de Segunda Oportunidade são uma resposta fulcral precisamente no combate ao abandono escolar precoce. Surgiram no âmbito das políticas europeias de compensação, adequadas, de modo particular para debelar esta dura realidade. Desde 2019 que em Portugal, fazem parte do sistema público de educação, por via da publicação do Despacho nº 6954 que enquadra estas respostas.  

Estas Escolas proporcionam uma resposta sócio educativa em que o foco é o jovem e o seu percurso. 

Por seu lado, a Rede Nacional de Iniciativas e Escolas de Segunda Oportunidade foi criada em 2018 e “reúne instituições e profissionais ativos no campo da educação de segunda oportunidade e no combate à exclusão social de jovens em Portugal, trabalhando em favor dos jovens portugueses mais vulneráveis, promovendo as suas qualificações escolares e profissionais e a sua integração social e profissional”. (1) 

Tendo o IAC, em conjunto com a Câmara Municipal de Lisboa, a DGESTE e a Escola Eça de Queirós criado a Escola de Segunda Oportunidade- Educar e Formar para Inserir –Lisboa (a primeira destas Escolas em Lisboa), não poderíamos deixar de participar na Rede Nacional. Por um lado, porque a nossa experiência de anos, assim também nos leva a estar com outros: partilhar as nossas boas práticas e fazer aprendizagens que possam vir a refletir-se na melhoria da qualidade da intervenção e, por outro lado porque, face às características desta problemática, o envolvimento e as sinergias de todos os intervenientes são fundamentais para criar respostas efetivas. 

Deste modo, no passado dia 29 de Abril teve lugar, em Vila Nova de Gaia, a primeira Assembleia Geral da Rede E2O Portugal, na qual os órgãos sociais tomaram posse. O IAC, na pessoa da técnica Ana Isabel Carichas tem assento como vogal da Mesa da Assembleia Geral. 

Foi o momento de formalizar, por assim dizer, um trabalho que tem já alguns anos de existência e, acima de tudo, tem dado provas de que vai no rumo certo. 

Muito já se caminhou, mas muito há ainda para caminhar e, em conjunto, será certamente mais fácil! 

(1) – in, Carta de Princípios da Rede E2O Portugal 

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