À Vela pelo Tejo

“Vês passar o barco
Rumando p’ró sul
Brincando na proa
Gostavas de estar 

E sonharás que
És um pirata
Tu sobre uma fragata
Tu sempre à frente de um bom grupo
De raparigas e rapazes” 

Há uns anos, quando não existiam aparelhos eletrónicos e as crianças brincavam na rua, os desenhos animados do Tom Sawyer alimentavam os nossos sonhos; brincávamos aos índios e aos cowboys (estranhamente os cowboys eram os bons e os índios eram os maus!), temíamos os piratas (naquele tempo tatuagens e piercings metiam de facto medo) e queríamos todos ter uma casa na árvore (onde é que elas “andam” agora?).    

As gerações atuais têm outros heróis e vivem outro tipo de experiências. Uma das missões que orientam o nosso trabalho com os jovens, passa por proporcionar momentos que os ajudem a alargar horizontes, a sair do seu bairro (da sua zona de conforto) e a conhecer o mundo. Em boa hora conhecemos o Projeto Educar à Vela, que levou 6 dos nossos jovens a experimentar uma aula de Vela no Rio Tejo, num belo dia de maio.  

A experiência de velejar constituiu um desafio com muita adrenalina, proporcionando-nos sensações de respeito, de leveza e liberdade. 

Manobrar um barco à vela pode ser utilizada como metáfora para as nossas vidas: devemos ser capazes de manobrar o “nosso barco” (nossa vida), aproveitar os bons ventos que a vida nos dá (oportunidades), evitar os escolhos (perigos) e trabalhar em equipa (vivermos a vida na presença de pessoas que se interessam por nós). É possível velejar a solo, mas é extremamente difícil, sobretudo em tempos de tempestade (momentos difíceis nas nossas vidas). 

Foi uma experiência marcante na vida dos nossos jovens e a prova disso foram as muitas dúvidas colocadas à Filipa, nossa instrutora, relacionadas com a carta de marinheiro. 

O nosso obrigado à empresa Hypa Family que nos proporcionou uma experiência transformadora e a mim, a possibilidade de viver um dos sonhos da minha infância (obrigado também, Mark Twain).  

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