Humanização

Contribuir para o desenvolvimento integral da Criança, enquanto sujeito de direitos na área Social, da Educação e da Saúde.
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Interlocutor da Direção: Dr. Vasco Alves
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Coordenação: Drª. Melanie Tavares

Objetivos Gerais

Grupo-Alvo

Os principais beneficiários do setor da Humanização correspondem, na sua maioria, a acompanhamentos pontuais, uma vez que não existe uma intervenção direta que propicie um acompanhamento mais sistemático. No primeiro eixo de intervenção – saúde, a atuação do setor prende-se com a divulgação de materiais com o intuito de aumentar a literacia em saúde, abrangendo os dois grupos de beneficiários, crianças e jovens. Esta intervenção acontece em contexto de sala de aula e centros de saúde. Relativamente aos interventores sociais, estes são, na sua maioria, profissionais de saúde. Com o objetivo de promover os direitos da criança na saúde, foi realizado um estudo que analisou o cumprimento desses direitos em três hospitais da cidade de Lisboa, cujos dados foram apresentados e discutidos.

No segundo eixo – Educação, a intervenção realizada dividiu-se entre profissionais de Educação e alunos, sendo fornecido um grande apoio às escolas ao nível da mediação escolar. Os Gabinetes de Apoio ao Aluno e à Família trabalharam diretamente com os alunos, principalmente do 1.º, 2.º e 3.º ciclo, e a taxa de resolução das problemáticas rondou os 60%. De acordo com os protocolos estabelecidos com os Agrupamentos de Escolas foram dinamizadas diversas ações de sensibilização/prevenção em contexto de sala de aula, sobre temas como bullying, indisciplina, sexualidade e afetos, etc.

O setor atua, também, em situações de denúncia recebidas sobretudo por pais e encarregados de educação, que de alguma forma necessitam de aconselhamento jurídico e/ou psicológico.

O setor da Humanização dos Serviços de Atendimento à Criança em parceira com o setor da Actividade Lúdica tem desenvolvido ações de team building em organizações lucrativas e ONG.

Eixos de Intervenção

Organgrama de Eixos de Intervenção

Equipa

História

O Setor da Humanização nasce em 1989 com a convicção de que era possível humanizar o atendimento de crianças e jovens em diferentes serviços, como a saúde, a escola, centros de acolhimento, entre outros. É um marco fundamental da nossa história a entrada do IAC na European Association for Children in Hospital (EACH) pela mão de uma das mentoras deste Setor, Dra. Lurdes Levy, uma das primeiras mulheres pediatras em Portugal.

Com a entrada na EACH o Sector da Humanização traduz, adapta e dissemina a Carta da Criança Hospitalizada (CCH) em Portugal, desde 1996. A partir deste momento a CCH serviu de base a inúmeros trabalhos desenvolvidos pelo Setor até aos dias hoje e constituiu-se enquanto elemento de referência dos Direitos da Criança nos Serviços de Saúde. Em 2012 adaptámos a CCH a um conto infantil “Zebedeu, um príncipe no hospital” de forma a adequar melhor a linguagem à criança desenvolvendo a sua capacidade de literacia em saúde.

Na área da saúde a década de 2000 foi plena de investigação, com a realização de inúmeros estudos com base nos princípios da Carta que envolveram pediatras, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos e outros terapeutas de hospitais de todo o país. As condições de acolhimentos da criança e do jovem no hospital e nos centros de saúde e a Dor na Criança foram as áreas de maior relevo.

Mais recentemente o Setor viu a necessidade de atualizar a Carta, produzindo assim novos materiais que tivessem por base os seus princípios, nomeadamente, a questão da inclusão:

  • Adaptação da carta para o conto infantil “Zebedeu – um príncipe no Hospital” (2012);
  • Versão da Carta em Língua Gestual Portuguesa (2019);
  • Versão da Carta em braile (2019);
  • Elaboração de uma Carta de Cuidados de Saúde Primários (2019);
  • Versão infantil da Carta dos Cuidados de Saúde Primários (2019).

Sendo o espaço físico onde a criança é recebida e acolhida a “porta de entrada” da criança para muitos serviços, o Setor tem desde 2016 investido bastante neste campo de intervenção, ajudando a humanizar salas de espera e salas de atendimento em diversos serviços, como Centros de Saúde, Polícia Judiciária ou salas multidisciplinares para acompanhamento de crianças na justiça.

Ainda na área dos Direitos da Criança na Saúde, em 2009 o Setor da Humanização integra um grupo de trabalho da Organização Mundial de Saúde – Task Force on Health Promotion Hospital for Children and Adolescents (HPH-CA) com vista a desenvolver um estudo nacional sobre o “Respeito dos Direitos da Criança no Hospital”. Nesse ano é realizado o pré-teste deste estudo em 3 Hospitais portugueses e em 2018 inicia-se o Estudo na cidade de Lisboa.

Também em 2009 o Sector inicia o projeto de Educação para a Saúde “A Descoberta do Ser”, dirigido a crianças, profissionais de educação e famílias com o objetivo de promover comportamento protetores na área da sexualidade, sob os pilares da responsabilidade e do respeito. Este projeto tem sido adaptado ao longo dos seus já vários anos de existência e atualmente pauta-se pela formação e capacitação de profissionais de Educação na área da Sexualidade para que estes possam trabalhar a longo prazo com os seus alunos, em sala de aula. Esporadicamente, e sob pedido específico, ainda realizamos algumas sessões para alunos.

Desde 2015 o Sector abraçou também um novo desafio na gestão da Rede Nacional de Gabinetes de Apoio ao Aluno e à Família (GAAF), mantendo desde então a sua coordenação, formação e capacitação de técnicos. O trabalho dos GAAF tem como principal objetivo garantir o desenvolvimento global da Criança, tendo com base a prevenção do absentismo e abandono escolar, prevenção de consumo de substâncias psicoativas, insucesso escolar e comportamentos de risco no geral. Queremos um diálogo ‘permanente com a escola, família e comunidade.

Os Nossos Projetos

Carta da Criança Hospitalizada

Carta da Criança nos Cuidados de Saúde Primários

Humanização das Salas de Espera

Respeito dos Direitos no Hospital

Zebedeu

Galeria de Fotos