Convictamente, cumpro o dever de manifestar o meu apoio incondicional à candidatura do Instituto de Apoio à Criança (IAC) à atribuição do III Premio Rey de España de Derechos Humanos.
O IAC é uma referência incontornável no panorama das instituições portuguesas que se dedicam à tarefa nobilíssima de ajudar as crianças mais vulneráveis, e fragilizadas, por circunstâncias adversas das suas vidas.
Importa ficar registado que, além de se devotar à causa das crianças desvalidas com exemplar generosidade, o IAC o faz também com o mais apurado sentido de exigência e de rigor. O sentido de humanidade que inspira toda a sua actividade faz do Instituto um marco ético generalizadamente admirado na forma como desempenha a sua missão que é credora de justo reconhecimento público.
Mas as instituições não são entidades abstractas. Elas dependem de pessoas: dedicadas, competentes, mobilizadoras.
No caso em apreço, e ao longo dos seus 25 anos de existência, o IAC deve tudo à personalidade ímpar da Senhora Doutora Manuela Eanes. A ideia, a iniciativa de criação do Instituto, a criação das redes de cumplicidade, o entusiasmo contagiante, a liderança competente, a inesgotável energia, o sentido superior de missão, a constância nos momentos difíceis, a humildade nos momentos de glória, são alguns dos atributos de uma personalidade que deixa marcas indeléveis na alma do IAC.
A sociedade civil portuguesa ficaria sensivelmente mais empobrecida na ausência do IAC e sentir-se-ia profundamente honrada caso esta sua singular instituição viesse a ser galardoada com o emblemático Premio Rey de España de Derechos Humanos.