Janeiro, mês de inícios. Mês de votos para um novo ano. Novas metas, novos desafios.
É tempo de refletir e avaliar o que passou e, posteriormente, traçar novo rumo.
É colocando a tónica nessa mesma avaliação do ano que terminou e em tudo aquilo que já passámos, sentimos ou vivemos, que surge “A” questão: Que possíveis consequências poderá a pandemia trazer às nossas vidas?
É importante refletir uma vez mais na distância, na falta de calor humano, no desgaste psicológico e emocional, seja pelo excesso do trabalho de alguns profissionais ou pela readaptação de toda uma prática profissional. É, por sua vez, também importante refletir no perigoso sentimento de perda do valor da vida humana, o valor da vida do próximo. Será em parte causada pelo afastamento social?! Ou será pelo distanciamento emocional?!
E a que custo surgem todas estas implicações no nosso futuro? Torna-se fulcral acautelar estas questões.
Posto isto, o início do ano de 2021 carateriza-se por uma natureza ímpar. Pode ser caraterizado como o mais atípico, quiçá, de todas as nossas vidas. Onde os habituais votos carregados de esperança ganham também uma boa “porção” de incertezas e dúvidas.
Apesar deste clima calamitoso de incerteza, é importante frisar todos os esforços, todos os constrangimentos ultrapassados fruto de uma resiliência até aqui construída com passinhos de bebé e com a inabalável força para ajudar aqueles que mais necessitam.
A equipa CEF não foge a esta energia de solidariedade, não só pelas funções inerentes à sua prática, mas também porque queremos tornar este 2021 diferente.
Elencámos assim, a realização de atendimentos psicossociais presenciais e, à semelhança do passado, com o apoio da equipa do Rock In Rio, entregámos cabazes compostos por bens alimentares que contribuíram para suprimir algumas das necessidades mais prementes sentidas pelas famílias acompanhadas.
Para além destas ações, a equipa CEF mantem-se sempre atenta, alerta e disponível para responder a qualquer situação de emergência social do nosso grupo alvo, mesmo que implique quebrar o confinamento aconselhado, sempre que possível.
Teremos de continuar atentos e pacientes. Longe e afastados, mas sempre por perto. À distância de um clique, de uma fotografia com um sorriso ou de um telefonema que nos encha a alma.
Que, em 2021, ninguém esteja sozinho!