Matilde Rosa Araújo foi sócia fundadora do Instituto de Apoio à Criança e primeira Diretora do Boletim deste Instituto.
Nasceu em Lisboa a 20.06.1921, licenciou-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa. Foi professora do Ensino Técnico Profissional e do primeiro Curso de Literatura para a Infância, que teve lugar na Escola do Magistério Primário de Lisboa. Autora de livros de contos e poesia adultos e crianças, a sua temática centra-se em torno de três grandes eixos de orientação: a infância dourada, a infância agredida e a infância como projeto. Dedicou-se, ao longo da sua vida, aos problemas da criança e à defesa dos seus direitos.
Com a sua colaboração no IAC, Matilde Rosa Araújo impulsionou-nos para a qualidade, para a reflexão, para a defesa dos Direitos da Criança.
Recebeu o Grande Prémio de Literatura para Criança da Fundação Calouste Gulbenkian (1980), que lhe foi atribuído ex-aequo com Ricardo Alberty. Em 1991, recebeu o Prémio para o Melhor Livro Estrangeiro da Associação Paulista de Críticos de Arte de São Paulo, Brasil, por “O Palhaço Verde”, e cinco anos depois viu a obra de poesia “Fadas Verdes” ser distinguida com o prémio Gulbenkian para o melhor livro para a infância publicado no biénio 1994-1995. Já em 1994, Matilde Rosa Araújo fora nomeada pela secção portuguesa do IBBY (Internacional Board on Books for Young People) para a edição de 1994 do Prémio Andersen, considerado o Nobel da Literatura para a Infância.
Em 2003, foi condecorada, pelo Presidente Jorge Sampaio, e a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) decidiu, por unanimidade, agraciá-la com o Prémio Carreira, pela sua “obra de particular relevância no domínio da literatura infanto-juvenil”.
O seu nome foi dado à Escola Básica 2,3 de São Domingos de Rana e à Biblioteca Municipal de Alcabideche, em Cascais. Um prémio revelação na literatura infantil e juvenil foi instituído pela autarquia de Cascais em 1998.
A ela dedicámos uma Separata dos nossos Boletins que poderão ler aqui.
Um agradecimento por tudo o que as nossas crianças recebem com a leitura dos seus livros, por toda a sensibilidade que imprimiu a toda a sua atividade e com a qual todo o país beneficiou.
Vídeo da RTP Matilde Rosa Araújo: era uma vez escrever para crianças