Depois de muita espera, de muitas expectativas e muitas ilusões, avançámos decididos para o ponto alto (a “sobremesa”) das férias dos nossos jovens: um espaço de férias na Quinta da Fonte Santa, em Caneças, nos dias 12, 13 e 14 de setembro.
Foi uma data tão bem escolhida, que acabámos por realizá-lo nos 3 dias mais chuvosos do ano. O dramatismo ganhou outras proporções quando os jovens se aperceberam que a Quinta de 22 hectares, pertencente ao Banco de Portugal dispunha de duas piscinas (só vistas em telenovelas), campos de ténis, pádel, futebol, basquetebol e que poderíamos não utilizá-los em virtude do mau tempo. Os nossos jovens pareciam 13 crianças esfomeadas e sem dinheiro a olhar para uma montra de doces.
Dizem os antigos que se a vida nos dá limões, que devemos fazer limonadas e limonada bebemos durante estes 3 dias (bem saborosa por sinal).
A chuva que caiu teve o condão de nos aproximar, de nos unir. Quando não nos foi possível usufruir das atrações da quinta, realizámos dinâmicas de grupo, jogos de X-box e tabuleiro, fizemos uma sessão de cinema com direito a pipocas e até trocámos passos de dança na discoteca da Quinta.
Sempre que a chuva nos deu tréguas, corremos para o polidesportivo e nele libertámos energias acumuladas em partidas de futebol e basquete. Nestes momentos, o apelo dos jovens era unânime e recorrente: – “podemos ir à piscina?”.
Face a tanta insistência e fazendo fé nas previsões meteorológicas de uma aplicação móvel, lá resolvemos aproveitar uma oportunidade que São Pedro nos deu. Quando de chinelos, calções e fato de banho chegámos à piscina, percebemos claramente que as previsões meteorológicas tinham sido demasiado otimistas. O céu escureceu, as árvores agitaram-se e caiu uma chuva de proporções bíblicas. Os “cotas” refugiaram-se debaixo do guarda-sol e os jovens celebraram a sua alegria com a chuva e com ela cantaram, dançaram e mergulharam na piscina. Foi uma ida à piscina inesquecível (e original).
Para a despedida, os nossos jovens andaram pela primeira vez de cavalo no Picadeiro da Quinta. Do alto do cavalo, sentiram-se importantes, experimentaram a elegância e a humildade.
Gostaríamos de deixar os nossos agradecimentos ao Banco de Portugal, por nos ter proporcionado um espaço de férias inesquecível. Queríamos agradecer em especial ao Dr. Rubem Esaguy, que veio a revelar-se um excelente anfitrião e um verdadeiro amigo, tendo-nos proporcionado todas as condições materiais e imateriais necessárias para o sucesso da atividade.
Há quem diga que um casamento molhado é um casamento abençoado. Nós podemos dizer agora que “espaço de férias molhado, pode muito bem ser, um espaço de férias abençoado”.