Unir esforços para alcançar objetivos – o trabalho em parceria

Desde a sua fundação que o IAC tem com fundamental o trabalho em parceria, fazendo jus ao ditado africano: “É preciso uma aldeia para educar uma criança”. 

É bem verdade que, ao longo de 38 anos, houve grandes alterações no enquadramento legal, nos contextos de intervenção e nos próprios atores. O esforço de adaptação e a capacidade de superar as dificuldades e barreiras têm sido uma constante. Mas, acima de tudo, ter o foco bem definido leva a ver mais claro e mais além. A promoção e a defesa dos direitos da criança foram e são ainda hoje o foco de todos os que vestem a camisola IAC.  

Interessam-nos todas as crianças, mas de modo especial estamos dedicados aquelas quedevido ao contexto de nascimento ou vicissitudes da vida, não têm as condições que lhes permitam um desenvolvimento e uma integração social plenos. 

Assim, em 2012, assinámos um Protocolo de colaboração com a Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais cujo principal objetivo é a “cooperação mútua para a criação de condições facilitadoras da execução das medidas tutelares educativas de imposição de obrigações, programas formativos e acompanhamento educativo na área territorial de Lisboa, Loures e Odivelas”. O trabalho com jovens com este tipo de medidas é um permanente desafio ao nível técnico mas, também, pessoal na medida em que nos desinstala, questiona e põe à prova diariamente. As equipas envolvidas, testam diariamente a sua resiliência e aprendem a valorizar cada detalhe e cada pequeno passo conquistado.  

Hoje partilhamos convosco o testemunho dos nossos parceiros que muito nos enche de orgulho mas, acima de tudo, nos incentiva a desbravar estes caminhos em conjunto! 

 “Na execução das medidas tutelares educativas não institucionais a DGRSP trabalha em rede com as várias respostas sociais da comunidade em que os jovens estejam ou possam vir a estar integrados, nomeadamente com as entidades com competência em matéria de infância e juventude (ECCMIJ), com as Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) e com as Equipas de Assessoria aos Tribunais na área da Promoção e Proteção, sempre no respeito pelo princípio da subsidiariedade.  

Sendo a intervenção levada a cabo por essas entidades consensual ou consentida, quer com os jovens quer com as suas famílias, consoante se trate, respetivamente, de ECCMIJ ou de CPCJ, é para nós, Equipa LTE1, a oportunidade de, em função dos domínios em que os jovens têm necessidades especificas sem resposta, de os sensibilizar e motivar para aderirem à resposta mais indicada e, simultaneamente, de envolver as instituições certas para tal.   

Nesta sequência, à semelhança do que acontece com outras entidades, recorremos ao Instituto de Apoio à Criança, nomeadamente à Equipa do Centro de Educação e Formação, do Projeto Rua “Em Família para Crescer”, bem como à Equipa de Apoio Psicológico para colmatarem algumas das necessidades dos jovens com medidas tutelares, nomeadamente na de Acompanhamento Educativo (AE). Alguns dos jovens em execução da medida de AE estão a beneficiar de apoio individual e de grupo para se capacitarem de modo a melhor gerirem o seu quotidiano e as suas famílias.  

O IAC tem sido um parceiro importante na intervenção com cada jovem, fazendo a diferença pela atenção que mostram em cada detalhe, em cada particularidade, com enfoque nos fatores de proteção e potencialidades do mesmo, conciliadas com as diretrizes da gestão de caso da metodologia interna da DGRSP.  A sua intervenção socioeducativa prossegue objetivos, no intuito de contribuir para projetos de ajustamento social, sendo uma mais valia na prevenção da reincidência, sempre na esperança que seja um ponto final numa trajetória de vida em sobressaltos. “ 

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