Categoria: Maltreatment and Negligence

Comentário Geral N.º 21 (2017

O Instituto de Apoio à Criança (IAC), fundado em 1983, tem como missão a promoção dos direitos da criança e a defesa do seu bem-estar integral, com especial atenção
às que se encontram em situação de maior vulnerabilidade. Ao longo de mais de quatro décadas, o IAC tem desenvolvido respostas inovadoras e interventivas, procurando estar sempre próximo das realidades mais invisíveis e negligenciadas da infância.
Entre essas realidades destaca-se a das crianças em situação de rua — um fenómeno persistente, embora em Portugal se manifeste de formas mais difusas e menos visíveis. Muitas destas crianças e jovens não ficam permanentemente na rua, mas vivem grande parte do seu quotidiano entregues a si próprios, sem supervisão adulta, sem acesso a contextos seguros, afetivos e estruturantes. A rua, neste novo paradigma, é menos um espaço físico e mais uma condição marcada pela ausência de proteção, de afeto e de estabilidade.
É neste contexto que o IAC, através da sua Unidade Móvel Lúdico-Pedagógica, percorre diariamente territórios urbanos marcados pela exclusão, procurando crianças e jovens em fuga, em
abandono ou em risco. Com uma metodologia de intervenção de proximidade, centrada na escuta, no vínculo e na presença contínua, esta resposta do Projeto Rua constrói pontes de confiança e apoio para crianças muitas vezes esquecidas pela sociedade e pelas políticas públicas.
A tradução e publicação, agora em livro, do Comentário Geral n.º 21 do Comité dos Direitos da
Criança das Nações Unidas sobre crianças em situação de rua visa dar visibilidade a estas realidades e reforçar, junto de técnicos, instituições e da sociedade civil, o compromisso com os direitos
das crianças mais desprotegidas. Tornar este documento acessível é mais do que uma edição ou
a continuidade do trabalho que o IAC tem vindo a desenvolver há décadas — é um gesto de responsabilidade, de advocacy e de afirmação de que nenhuma criança deve ser invisível.

Desafios da Parentalidade: Bater não é Educar!

O Instituto de Apoio à Criança lançou a campanha “Nem mais uma palmada: Pela eliminação dos castigos corporais”, no dia 22 de fevereiro de 2022, de modo a sensibilizar, alertar e combater a violência contra as crianças, focando-se especialmente nos castigos corporais. Neste pequeno livro vamos abordar temas relacionados com os castigos corporais, tais como…

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Comportamentos autolesivos e suicidários na adolescência: identificar para ajudar

A adolescência corresponde a uma etapa de desenvolvimento com diversos desafios e vulnerabilidades, impelindo a uma adaptação não só em aspetos de cariz pessoal como de natureza interpessoal. Perante as vulnerabilidades existentes nesta etapa de desenvolvimento existe uma tendência para os comportamentos de risco que se apresentam como um sinal de sofrimento cada vez mais frequente na adolescência, atingindo proporções alarmantes. Neste sentido, parece-nos muito pertinente e imperativo a abordagem de questões do foro mental, nomeadamente os comportamentos autolesivos e suicidários na adolescência. Pretendemos assim que esta publicação possa ser um guia útil no sentido da prevenção, da deteção de sinais de alerta, da leitura de comportamentos e atitudes e de algumas pistas para uma adequada intervenção. Clique para visualizar.